quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Há uma estranha calma que toma meu corpo
Enquanto sepulto algumas ilusões
E contemplo algumas certezas.
Todos esses sentimentos me inquietam e sou eu
Está tudo desorganizado
E perfeitamente fazendo sentido...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Obrigada por me lembrar
O quanto é ridículo confiar.
Marco esta data
No calendário mudo das minhas angústias
Para não esquecer a dor da recaída.
Abri minha alma
Para que ela fosse novamente pisada.
Esta lembrança me visitará todos os dias
Me mostrando que preciso aprender
A pisar em meus próprios sentimentos
Para não dar margem
Para que outras pessoas o façam.
Qual o motivo para acreditar
Que dessa vez ia ser diferente
Se todas as outras não foram?
Seja lá o que move
Essa ridícula vontade de acreditar
Espero que morra dentro de mim.
Odeio sentir o peso dos meus olhos carregados de mágoa.
Deixo o sentimentalismo para trás,
De nada tem me servido até hoje.
Quem sabe amanhã tudo seque em mim:
- as lágrimas e os sonhos.
Não agüento mais.
Essa foi a última tentativa que fiz
Mesmo já vislumbrando o que aconteceria.
Em meu íntimo eu quis acreditar
Estúpido coração
Que deixa a esperança nele habitar.
Abandono de vez essa menina cheia de sonhos
E me torno alguém que a mim mesma causa espanto.
By myself

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por que não pode ser bonito?
Por que não pode haver magia?
Quero esquecer a distância
E deixar a esperança embalar nossos dias.
Sei que o caminho não é o mais fácil
Não quero lembrar as impossibilidades
Quero somente tua doce rendição
E respirar sem pressa fragmentos de felicidade.
Não sei onde ficou minha razão
Em que esquina ficou minha prudência
Nem me importo mais, contanto que venhas.
E quando nossos olhares se encontrarem
O encanto se fará presente,
Pois saberás que me apaixonei perdidamente.

by myself

terça-feira, 2 de novembro de 2010

É como se por um instante
Eu pudesse sonhar.
Fecho meus olhos
E certezas absurdas vêm me visitar,
Como se algum dia você chegasse até mim
E essa distância, que faz tudo doer, tudo ficar escuro
Deixasse de ser.
Abro os olhos
E tudo que tenho são minhas lágrimas
Manifestação viva de um sentimento
Cuja partida é tão esperada.
Você veio a mim com uma calma sufocante,
Entre palavras mortas
E ainda assim te cobicei,
Sem ter medo de sentir o desejo
Que afugentou a realidade dos meus pés.
Não me esqueço de te querer...
Embriaguei-me em sonhos e possibilidades...
Teus detalhes e teus mistérios
Habitam meus pensamentos
De uma forma que me assusta:
Me perdi e não sei como voltar.
Não sei o que fazer.
A esperança já expulsei de dentro de mim,
Mas ela insiste em me rondar
Trazendo fantasias que nunca serão reais.
As oportunidades não conspiraram a meu favor.
Não sei se lamento ou se bendigo
Esse sentimento que apesar de bonito
Não sente nenhuma razão em existir,
Mas continua existindo
Contrariando o que é certo.
Mas o que é certo?
Certo seria: eu em seus braços,
Teu coração descasando no meu colo
Não estar toda em pedaços.
Movo as paredes
Movo os pensamentos
E você continua assim
Instaurado em todos os cantos
Vazios e ocupados de mim.
Não sinto,
Não penso,
Não desejo,
Não quero,
Mas sonho...

by myself